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@ Rafa Borges
2025-05-19 12:24:16
Eu não gosto da linguagem da futt e seus derivdos, insuporto. Aquela que é aplicada por youtuber, pelo Casimiro e demais profissionais da CazéTV, pelo Desempedidos e outros, que forçam proximidade inexistente com os atletas, que hipervalorizam qualquer atleta mediano e o trata como 'parça'. Insuporto porque toda linguagem possui um fato coercivo de influência quando há assimetria, no jornalismo a linguagem é monológica e monológa, ao ser exposto à ela somos coagidos a pensar conforme ela, em resultado qualquer jovem que consome os conteúdos da Futt, da CazéTV, do Desempedidos e desses youtubers/tiktokers vai falar do Vinicius Jr. como se esse jogador fosse um garoto que joga pelada com a molecada alí no bairro, falarão do Raphinha como se ele fosse um amigo alí da escola que joga muito na interclasse, o que gera uma desproporção do senso de posição e aumenta, muito, a alienação do sujeito, ou seja, o cliente (usuário exposto à esses conteúdos) não entende que esses jogadores estão ganhando bilhões em quantia monetária enquanto ele próprio está na lama sendo entretido como um zumbi.
Esse domínio pela linguagem na indústria do entretenimento não leva esse trato somente com os esportes, mas também com a música. Um jovem que idolatra o Neymar não possui diferença de uma menina adolescente que idolatra a Taylor Swift, inclusive em ambas as indústrias, a dos esportes e a fonográfica, da música, o trato para as personas que as compõem (os que entretém primeiramente) é o mesmo. Entretemimento, no geral, é perda de tempo.